Estudantes do 2º e 3º anos do ensino médio de uma escola de Bagé-RS tiveram a oportunidade de participar de uma oficina que abordou os Processos de Fabricação de Microchips que aproximou os jovens do fascinante universo da microeletrônica.
Coordenada pelo professor Eduardo Ceretta Moreira e aplicada com a colaboração dos discentes Priscila Costa (lic. química), Lucas Paiva (lic. Física), Vanessa Castro (eng. Energia) e Bruno Flores (lic. Física), a oficina faz parte de um projeto de extensão da Unipampa. Apoiada pelo CNPq/INCT NAMITEC, a iniciativa visa despertar o interesse dos estudantes pelos complexos processos envolvidos na produção dos microchips, que estão presentes em praticamente todos os dispositivos eletrônicos que utilizamos no dia a dia.
Por meio de atividades práticas utilizando modelos 3D impressos, os participantes puderam visualizar e compreender, em uma escala ampliada, as etapas de fabricação dos microchips, que normalmente ocorrem em escalas micro e nanométricas. Outra parte interessante da oficina envolveu um modelo interativo usando componentes Arduino para demonstrar, na prática, os princípios da lógica binária, a linguagem de 0s e 1s que é a base da computação.
Os alunos ficaram impressionados ao descobrir que um único processador de última geração pode ter mais de 20 bilhões de transistores integrados e que os transistores mais avançados medem poucos nanômetros, milhares de vezes menor que a espessura de um fio de cabelo.
Além de explicar o funcionamento, a oficina também abordou a importância estratégica da indústria de semicondutores e os desafios para fortalecer esse setor no Brasil. “Queremos inspirar os jovens a se interessarem por essa área tão importante para a inovação e a soberania tecnológica do país”, destacou o professor Eduardo.
A oficina adotou metodologias ativas de aprendizagem, como a abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) e a Educação Maker, buscando desenvolver habilidades como resolução de problemas, pensamento crítico e criatividade. A oficina será realizada em outras escolas da região, contribuindo para a disseminação do conhecimento e o estímulo à curiosidade científica entre os estudantes.
